O Laboratório de Engenharia Bioquímica (LEB) foi criado no ano de 1996 e pertencia ao Departamento de Química, sendo que no ano de 2008 com a reestruturação da FURG passou a pertencer a Escola de Química e Alimentos.

     O LEB-FURG conta também com duas plantas pilotos de produção de microalgas. A mais antiga, no município de Santa Vitória do Palmar/RS às margens da Lagoa Mangueira, entre o Oceano Atlântico e a Lagoa Mirim, para enriquecimento de alimentos para a merenda escolar, montada através de uma rede de cooperação que inclui prefeituras, empresas públicas e privadas e organizações não governamentais. São 3 biorreatores do tipo raceway com 12.000 L cada e um de 1.000 L para propagação de inóculo.

      Em 2004 iniciou o convênio entre o LEB, ELETROBRÁS (Centrais Elétricas Brasileiras S. A.) e CGTEE (Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica), para desenvolvimento de tecnologia para biofixação de CO2 originado na combustão do carvão mineral por microalgas. Como produto deste convênio foi projetada, montada e colocada em operação a Planta Piloto de Biofixação de CO2 por Microalgas, localizada no município de Candiota/RS na Usina termelétrica Presidente Médici – UTPM/CGTEE, formada por um sistema modular composto por 2 containers-laboratório de 12 m (40 pés) cada, 2 fotobiorreatores do tipo raceway, com dimensões de 15 x 3 x 0,4 m e volume de 18 m3 e um fotobiorreator, com dimensões de 4 x 0,8 x 0,4 m e volume de 1 m3, para crescimento e manutenção de inóculo. A estrutura inclui obras civis, envolvendo a pavimentação na área destinada aos tanques e containers, a construção da base dos containers em concreto, construção da portaria de acesso externo à planta piloto, instalação do sistema de efluentes, além das instalações elétricas e hidráulicas para os biorreatores e laboratórios. A Planta Piloto montada é a maior estrutura construída no Brasil para a biofixação de CO2 por microalgas.

      Em função desse projeto os parceiros ingressaram na “International Network for Biofixation of CO2 and Greenhouse Gas Abatement with Microalgae”, uma rede de troca de informações sobre biofixação de gases do efeito estufa por microalgas. Estes aspectos tornam a fixação de CO2 com microalgas um processo ambientalmente correto, possuindo um forte impacto em termos de responsabilidade social e econômica para o país, e com possibilidade de geração de emprego e renda para a comunidade.

      Dando continuidade a esse projeto de pesquisa, em 2008 foi aprovado pelo Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento (CNPq), o projeto intitulado “Aquicultura de microalgas para a biofixação do gás carbônico gerado na queima do carvão e co-geração de biodiesel e bioprodutos de alto valor agregado” - Edital MCT/CNPq/MPA - Nº 26/2008.

      Em 2012 foi assinado um novo convênio entre a FURG e CGTEE intitulado “Operação da unidade de biofixação de gás carbônico por microalgas instalada na UTPM, com o objetivo de desenvolver processos para a biofixação de CO2 por microalgas a partir de gás de combustão. Para isso, o projeto contará com um Centro de Estudos Avançados em Biofixação de Co2 por Microalgas (CEB), que está sendo instalado na FURG, com área de 813 m2.